terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Perdoar e Preciso

Em nossos dias há uma espécie de epidemia atacando as pessoas na sua interioridade. A verdade é que a incidência de pessoas emocionalmente enfermas é impressionante e assustadora. Muitos estão com a alma doente.Os espaços sociais mais significativos são reveladores deste terrível quadro epidêmico.Quer na família,no trabalho,nas salas de aula,estamos sempre nos deparando com pessoas tristes,depressivas,agressivas,rancorosas, amarguradas; enfim, desencantados com a vida.
No centro de muitos distúrbios emocionais que acabam por expor a alma a tantas enfermidades, está a nossa incapacidade de perdoar. A verdadeira experiência de amor só é vivida em plenitude quando é associada a uma outra essencial à vida: a experiência do perdão.O amor e o perdão são terapêuticos. O perdão é um santo remédio. Ele é o principal lenitivo para as doenças da alma. 
A vida emocional conhece também o seu ciclo destrutivo: tristeza, ressentimento, amargura, rancor e ódio. São doenças terríveis. Destruidoras da saúde interior. As vezes estão camufladas dentro de nós e, ainda assim, a tentativa de negá-las não impede seu poder de destruição da nossa energia vital. A ausência de perdão está na gênesis de muitos males que afetam a alma humana com repercussão direta na família, nos relacionamentos sociais, e, trazem muitos distúrbios psicossomáticos.
Felicidade e escravidão não combinam. São inconciliáveis. Liberar o perdão é promover a liberdade da alma. Negá-lo, é aprisionar a felicidade e a abortar a benção da paz. Somente o perdão tem poder de quebrar nossas amarras interiores. Ele é uma espécie de detergente d’alma, lavando as impurezas que os sentimentos mesquinhos formam ao longo dos anos, transformando o coração num depósito de lixo emocional.
Sem a liberação do perdão viveremos sempre aprisionados por correntes que nós mesmos nos permitimos colocar, e mergulhamos numa existência escura, sem brilho algum. Nossos dias, tornam-se densos; as noites, sem paz; as manhãs, sem esperança. Liberar o perdão é resgatar o arco-íris, como sinal de alegria que brota outra vez. 
Pessoas que resistem ao perdão tanto em conceder, como em pedir via de regra, são infelizes, muito embora a maioria delas consiga fingir, canalizando para as coisas materiais sua atenção, tornando-se escravas da aparência e da superficialidade, experts na arte de representar. Mudam o foco da vida, concentra-se nas futilidades.
Nenhum remédio é para alma melhor do que o perdão. Nenhuma sensação pode ser comparada com a paz de um coração liberto.O amor cura; o perdão liberta. Negar o perdão é sentenciar a alma a viver aprisionada a um passado sombrio e doloroso. 

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